Terroristas israelenses matam 14 pessoas no Líbano em nova onda de explosões em aparelhos de comunicação

Vítima do terrorismo de Israel, criança Fátima Abdallah, 10 anos, foi enterrada nesta quarta-feira (Foto: Divugação)

Um dia após os ataques realizados com o uso de pagers (equipamentos portáteis de recepção de mensagem) que ocasionaram a morte de 12 pessoas, incluindo duas crianças, e feriram mais de 3 mil pessoas no Líbano, terroristas israelenses voltaram a agir, nesta quarta-feira (18/09), e provocaram novas explosões em aparelhos de comunicação, que resultaram no assassinato de 14 pessoas e em mais de 450 feridos em várias partes do território libanês. O número de vítimas foi confirmado pelo Ministério da Saúde do país.

Os ataques terroristas, desta vez, foram praticados, principalmente, por meio da explosão de walkie-talkies (transceptores de rádio de mão e portátil). As explosões ocorreram em casas, carros, lojas, prédios residenciais, motos e até em cerimônias fúnebres repletas de pessoas.

Imagens de vídeos divulgadas pela agências locais mostraram o momento do ataque e o desespero das pessoas após os equipamentos explodirem num funeral de uma das vítimas do ataque no dia anterior, que estava sendo realizado numa área dos subúrbios ao sul de Beirute. Após o episódio, a multidão deu prosseguimento ao enterro com gritos de apoio à Resistência Libanesa e “morte a Israel”.

De acordo com jornais israelenses, as novas explosões são parte da “segunda etapa” do plano de Israel para afetar as comunicações do Hezbollah, grupo libanês que faz a resistência armada contra os agressores israelenses que ainda ocupam porções de terras do Líbano.

Preparativos de guerra

Israel transporta tanques para a fronteira com o Líbano (Foto: Reprodução)

As novas agressões coincidiram com o deslocamento de tropas e equipamentos militares israelenses para a fronteira com o Líbano, num ato que é visto por analistas internacionais como parte dos preparativos para a ampliação da guerra no Oriente Médio. De acordo com a mídia israelense, o governo de Israel quer forçar um acordo no qual o Hezbollah desistiria de apoiar o povo palestino na Faixa de Gaza e se retiraria para o norte do rio Litani, no sul do Líbano, como parte dos esforços do regime sionista de trazer de volta os colonos israelenses que fugiram nas cidades situadas no norte da Palestina Ocupada.

O Hezbollah, por sua vez, recusou a oferta, Nesta quinta-feira (19/09), o líder do grupo libanês, Sayed Hassan Nasrallah, fará um discurso televisionado às 17h de Beirute (11h, horário de Brasília) no qual falará sobre os últimos ataques cometidos por Israel contra os libaneses e, também, abordará sobre o futuro do conflito com os israelenses.

Ajuda humanitária

Irã enviou avião para retirar feridos e levá-los para tratamento no país persa (Foto: Divulgação)

A República Islâmica do Irã enviou um avião ao Líbano para transportar 95 pessoas feridas nas explosões com pagers na terça-feira (17/09) para que elas possam receber tratamento médico nos hospitais iranianos. Devido a grande quantidade de feridos, os centros médicos do Líbano ficaram sobrecarregados.

Síria e Iraque também enviaram ajuda humanitária e médica aos libaneses e abriram seus hospitais para o tratamento dos feridos, a maioria com lesões nos olhos e nas mãos.

Por outro lado, países que posam de defensores dos direitos humanos, como os Estados Unidos – principal apoiador do terrorismo de Israel no Líbano e na Palestina -, e os europeus, não enviaram nenhum tipo de ajuda ao Líbano e nem condenaram os ataques contra os civis libaneses.