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Integrantes do partido Novo pediram a expulsão da empresária Maria do Carmo Seffair, vice na chapa de Alberto Neto (PL) para a Prefeitura de Manaus, nesta quarta-feira (23/10), após uma denúncia de um suposto esquema de caixa 2 e abuso de poder econômico repercutir nacionalmente. A gestora do Grupo Fametro fez diversas operações financeiras por meio das contas pessoais e de empresas administradas por ela, sem declarar oficialmente ao Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM).
As representações, contra Maria do Carmo e outros dois envolvidos na denúncia (Kellen Lopes e Ronaldo Fernandes), foram feitas por Édipo Turisco e Kenny Gonçalves junto à presidência nacional do partido. Segundo a denúncia, o “Partido Novo não pode simplesmente assistir, de longe, às investigações contra seus filiados, devendo agir imediatamente na forma de seu estatuto”.
O Novo informou que o partido segue o rito de apuração da denúncia, que agora será encaminhada ao Conselho de Ética da sigla. Desde que o caso veio à tona, nem Maria do Carmo e nem Alberto Neto se pronunciaram.
Documentos, prints de conversas no WhatsApp, comprovantes de pagamentos e áudios gravados às escondidas mostram que a gestora do Grupo Fametro fez diversas operações financeiras para o professor Ronaldo Fernandes, que foi convidado por Maria do Carmo para assumir a coordenação geral de campanha, por meio das contas pessoais e de empresas administradas por ela, sem declarar oficialmente ao Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas (TRE-AM).
Segundo Ronaldo – que esteve na sede da PF, no Dom Pedro, na segunda-feira (21/10), para denunciar o caso -, Maria do Carmo fez diversos pagamentos ao longo da campanha, que somam mais de R$ 240 mil entre abril e outubro. No entanto, ela deixou de pagar R$ 250 mil e isso causou revolta entre os cabos eleitorais que esperavam receber pelo trabalho feito ainda no primeiro turno.
“Eu já dei pra ele mais de quinhentos (R$ 500 mil), hoje, cento e quarenta (R$ 140 mil) que tô botando na mesa com mais quarenta (R$ 40 mil) que eu dei no dia da eleição, são mais duzentos (R$ 200 mil), tu sabe que isso é quase um milhão de reais (R$ 1 milhão), pra uma pessoa. Tu sabe quanto a gente fez isso aqui, quantos líderes a gente pagou aqui, quantos?” questiona Maria do Carmo a sua assessora Kellen Veras, que responde “Mil, mil, mil e poucas lideranças”, diz Maria durante a reunião que foi gravada pelo grupo.
Político que tenta apresentar uma imagem de que é anticorrupção, o deputado federal Amom Mandel (Cidadania) “comeu abiu” e se calou sobre a denúncia feita contra a vice de seu aliado no segundo turno, Alberto Neto, a empresária Maria do Carmo Seffair, que é investigada pela Polícia Federal (PF) por suspeita de participar de um esquema de caixa 2 e abuso de poder econômico.
Ao anunciar o seu apoio a Alberto Neto e Maria do Carmo, três dias após o primeiro turno, o parlamentar enfatizou que a razão principal para apoiá-los era de que não havia denúncias de corrupção envolvendo o candidato do PL ou os demais integrantes da chapa.
“A escolha é muito simples, minha gente. De um lado temos um investigado pela Polícia Federal por corrupção, que foi pego no grampo da polícia. E no outro nós temos uma pessoa limpa, honesta, querendo assumir a cidade de Manaus”, declarou Amom Mandel em publicação feita nas redes sociais.