Praça em homenagem às vítimas da covid-19 é inaugurada em Manaus

Praça Anjo da Esperança foi inaugurada em cemitério de Manaus (Foto: João Viana/Semcom)

A cidade de Manaus, uma das mais afetadas pela covid-19, ganhou, na noite do sábado (1º), um espaço criado em homenagem às vítimas da doença e aos profissionais da saúde que atuaram na linha de frente durante a pandemia. A praça Anjo da Esperança foi inaugurada na entrada do cemitério Nossa Senhora Aparecida, no bairro Tarumã, zona Oeste da capital.

No centro da praça, foi erguido o monumento Anjo da Esperança, uma escultura de três metros de altura que representa um anjo com máscara facial e um par de pulmões nas mãos, símbolo do respiro da humanidade.

Durante a cerimônia, o vice-prefeito de Manaus, Renato Junior, ressaltou a importância de manter viva a memória das pessoas que perderam a vida durante o período mais crítico da pandemia. “Uma praça que simboliza o amor, a saudade e o respeito por aqueles que partiram. É uma forma de rememorar essas pessoas e reafirmar o compromisso da Prefeitura de Manaus de zelar pelo bem-estar da população”, destacou o vice-prefeito.

Gari idealizou o monumento

A obra foi idealizada e executada pelo gari escultor Luiz Cláudio Azevedo da Silva, servidor da Secretaria Municipal de Limpeza Urbana (Semulsp). Produzida em concreto e com materiais reciclados de compensação ambiental, a escultura reforça o compromisso da gestão municipal com a sustentabilidade e a valorização da arte popular.

Por sua vez, o secretário da Semulsp, Sabá Reis, destacou o simbolismo do monumento e o reconhecimento aos profissionais, que dedicaram suas vidas à proteção da população. “Essa é uma forma de eternizar a lembrança daqueles que nos deixaram e valorizar o trabalho dos que lutaram para salvar vidas”, afirmou Sabá Reis.

Segundo a Prefeitura de Manaus, o cemitério Nossa Senhora Aparecida abriga aproximadamente 4,7 mil vítimas da pandemia. O local faz parte do conjunto de dez cemitérios públicos administrados pela Semulsp, que recebem manutenção permanente de limpeza, jardinagem e zeladoria.

De acordo com dados do Ministério da Saúde do Brasil, desde o início da pandemia em março de 2020 até o último dia 30 de agosto deste ano, 14.556 morreram de covid-19 no Amazonas. Deste total, 10 mil mortos são de Manaus.