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O cessar-fogo de 60 dias que paralisou a guerra entre Líbano e Israel – acordado em 27 de novembro do ano passado -, terminará, oficialmente, às 4h da madrugada deste domingo (26/01), horário local do Oriente Médio (meia-noite em Brasília). Conforme o texto do acordo, os invasores israelenses devem se retirar totalmente suas tropas do território libanês, enquanto os combatentes da resistência libanesa devem sair das áreas ao sul do rio Litani e se posicionar ao norte desta região, que será ocupada somente por militares do Exército libanês.
Dezenas de milhares de libaneses se prepararam neste sábado (25/01) para o retorno às suas casas das quais tiveram que fugir desde outubro de 2023, enquanto outra parte foi forçada a sair a partir do dia 23 de setembro do ano passado, quando Israel lançou uma agressão em larga escala contra alvos civis em todo o território libanês sob o pretexto falso de atacar o Hezbollah, partido libanês que faz a luta armada contra a ocupação israelense.
As agressões israelenses resultaram na morte de quase 4 mil pessoas, a maioria civis, incluindo dezenas de mulheres, crianças e idosos. Além deles, Israel conseguiu assassinar várias lideranças do Hezbollah, incluindo o secretário-geral do grupo, Sayed Hassan Nasrallah. Por sua vez, Israel não divulgou o número final de baixas do lado israelense.
Acordo ameaçado por Israel
O texto do cessar-fogo, porém, foi ameaçado de descumprimento por parte de Israel, que afirmou por meio de nota, na última sexta-feira (24/01), que não vai completar a retirada do sul do Líbano dentro do prazo previsto no acordo sob o pretexto que o governo libanês, segundo os israelenses, “não cumpriu integralmente suas obrigações” de ocupar a faixa entre a fronteira da entidade sionista e o rio Litani.
Segundo o acordo, essa área deveria ficar sob controle do Exército libanês após a saída dos combatentes do Hezbollah para além do rio – medida que já foi cumprida pelo grupo libanês -, e a retirada dos invasores israelenses do território do Líbano. “A retirada em fases vai continuar, em coordenação com os Estados Unidos”, disse a nota emitida pelo governo israelense, que destacou ainda que “o processo (de retirada) pode continuar além de 60 dias”.
Neste sábado (25/01), ao invés de se retirar do Líbano, os soldados invasores israelenses avançaram em várias cidades libanesas. Os agressões israelenses aproveitaram os últimos momentos do cessar-fogo para destruir estradas, incendiar casas, explodir templos religiosos e danificar plantações, entre outros crimes. Um cidadão libanês foi assassinado pelos terroristas israelenses em Kfar Shouba, no sul do país.
Líbano e Hezbollah alertam para o cumprimento do acordo
Tanto o governo do Líbano quanto o Hezbollah já avisaram que não vão aceitar o adiamento da retirada das tropas invasoras israelenses do território libanês. O novo presidente do país, Joseph Aoun, afirmou que o governo “não ficará em silêncio sobre a ocupação israelense” e que a mesma “não permanecerá em nenhuma polegada no Líbano”. “Amanhã teremos medidas para retirar o exército inimigo das aldeias do sul (do Líbano)”, disse Aoun.
O Hezbollah já havia se pronunciado contra qualquer extensão do prazo. O deputado do parlamento libanês, Ibrahim Al-Moussaui, afirmou no sábado (25/01), que se Israel pagará o preço caso não se retire do Líbano, dando a entender que os combatentes da Resistência atacarão os soldados israelenses que permanecerem no país árabe.
Libaneses da fronteira preparam volta às suas cidades
Por meio das redes sociais, moradores de várias cidades libanesas localizadas perto da fronteira com Israel se organizavam para o retorno. Eles marcaram horário e local para a concentração de veículos antes de partirem em comboio para suas casas.
As cidades localizadas no setor leste onde os moradores entrarão na manhã de domingo são:
Markaba
Abel Al-Saqi
Al-Khayam
Al-Taybeh
Al-Qusayr
Al-Qalaa
Al-Qantara
Al-Wazzani
Burj Al-Muluk
Blat
Blida
Bani Hayyan
Houla
Debbine
Deir Siryan
Deir Mimas
Rab Thalatheen
Sarda and Al-Amra
Talousa
Adshit Al-Qusayr
Adeissah
Alaman
Ain Arab
Kfar Kila
Muhaibib
Mays Al-Jabal
Maroun Al-Ras