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Mais de 5 mil ribeirinhos estão em situação de risco devido à erosão e ao acúmulo de sedimentos nos rios Amazonas e Japurá, na região da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá, a cerca de 600 quilômetros de Manaus. O estudo, publicado na revista científica Communications Earth & Environment, foi divulgado pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá na quinta-feira (20/02).
O fenômeno das “terras caídas” atinge 80% das comunidades da Reserva de Mamirauá. A erosão pode destruir construções e territórios à beira do rio. Isso acontece devido à remoção de sedimentos das margens devido às variações no nível da água ao longo do ano.
De acordo com o pesquisador André Zumak, em entrevista à CNN, esses impactos são maiores em períodos de seca prolongada, como a que afetou a região da Amazônia entre 2023 e 2024.
“A exposição de algumas áreas durante a seca registrada em 2024, por exemplo, proporcionou eventos chamados de terras caídas, com mortes, inclusive. Isto é uma relação direta com as mudanças climáticas”, afirma.
No total 254 comunidades da Reserva Mamirauá estão em situação de perigo para a ocorrência de terras caídas e formação de praias. O mapeamento é feito por análise de imagens produzidas por satélite.
“As informações geradas com esta investigação, principalmente a metodologia, que pode ser replicada em outras áreas, já podem ser utilizadas pelo Serviço Geológico Brasileiro (SGB) e Defesa Civil dos municípios, auxiliando na identificação de áreas de risco em comunidades ao longo dos rios na Amazônia”, conclui o pesquisador.