Especialista alerta que calor amazônico exige cuidados para evitar risco de pedra nos rins

Urologista precisa ser consultado nos primeiros sintomas (Foto: Divulgação)

O intenso calor do verão amazônico, associado ao aumento da transpiração e a falta da ingestão adequada de água podem gerar sérios riscos para o surgimento de pedra nos rins. O alerta é do urologista Flávio Antunes, que atende diariamente pacientes com o problema de saúde.

Conforme estudo da Sociedade Brasileira de Urologia, a incidência da doença no verão aumenta, em média, 30% na comparação com outros períodos do ano. Mais de 15% da população mundial apresenta cálculos renais, sendo que na maioria dos casos, 85% conseguem expelir as pedras naturalmente, pela urina.

O cálculo renal é uma massa dura desenvolvida a partir de cristais que se separaram da urina dentro do trato urinário. Para evitar esse transtorno, Flávio Antunes explica que a maneira mais fácil de monitorar a hidratação ideal do corpo está ao observarmos a coloração da urina.

“As mudanças na alimentação, constante reposição de líquidos e a atenção à coloração da urina, são algumas das principais recomendações para evitar o cálculo renal. “O ideal, com o calor do verão, é que o consumo de água seja ainda maior e o consumo de álcool precisa ser moderado ou até mesmo evitado nesta época”.

Doenças genéticas também estão relacionados a um risco maior da pessoa desenvolver cálculos renais, além do próprio histórico familiar.

Sintomas

O sintoma clássico é a dor abdominal ou lombar aguda, forte e intensa. Outros sintomas associados ao cálculo renal são náuseas, febre, dor para urinar e até presença de sangue.

Quando os cálculos estão dentro do rim, nas cavidades urinárias renais, não costumam trazer dor ao paciente, a não ser que sejam muito volumosos ou com quadro infeccioso associado. Cálculos renais pequenos, de 7 a 8 mm, costumam não trazer sintomas para o paciente. Quando os cálculos ultrapassam esse tamanho, dentro do rim, existe um risco maior de complicações com o passar dos anos, e nessas situações, é indicado o tratamento. Cálculos acima de 7 mm raramente são eliminados espontaneamente, sendo necessária a indicação cirúrgica.

“Na maioria dos casos, os cálculos têm até 4 mm e são expelidos naturalmente na urina. O tratamento desses cálculos pode ser feito por meio de medicamentos analgésicos, que devem ser indicados por um profissional médico, aliado com o aumento do consumo de água, para eliminar mais facilmente as pedras de forma natural. As pedras maiores devem ser retirados por procedimento cirúrgico ou com outras alternativas, como a litotripsia extracorpórea,  conforme orientação médica”, diz Antunes.

Ainda conforme o urologista, a principal fonte de prevenção é a hidratação. A água faz com que a urina seja diluída, facilitando o funcionamento dos rins e reduzindo a concentração de cristais e nutrientes indesejáveis para o organismo. A alimentação também pode contribuir na prevenção dos cálculos renais, principalmente diminuindo a ingestão de sódio (sal).

Com informações da assessoria