Hezbollah lança mais de 320 foguetes e drones contra Israel para vingar assassinato de líder militar em Beirute

A Resistência Islâmica no Líbano, braço armado do Hezbollah, anunciou, neste domingo (25/08), que realizou uma série de ataques com foguetes e drones suicidas contra 11 alvos militares israelenses como resposta inicial para vingar o assassinato de seu comandante militar, Fouad Shukr, e outros cinco civis libaneses, em agressões cometidas por Israel contra uma área residencial da capital Beirute no último dia 30 de julho.

Segundo o comunicado do grupo libanês, a primeira fase da retaliação foi concluída com total sucesso. Israel reconheceu até o momento a morte de um militar da marinha israelense, além de outros cinco feridos.

“A Resistência Islâmica no Líbano – Hezbollah, lançou uma “resposta inicial’ ao assassinato do líder sênior Fouad Shukr, na madrugada de domingo, com um grande número de foguetes em direção às profundezas da entidade de ocupação israelense”, explicou o Hezbollah num comunicado divulgada à imprensa.

Na mesma nota, o grupo libanês afirmou que o ataque teve como objetivo um importante alvo militar israelense específico, explicando que anunciará “este alvo” ainda deste domingo.

No comunicado, a resistência libanesa afirma que alvejou “uma série de locais estratégicos e vitais, como quartéis, embarcações militares e plataformas do domo de ferro pertencentes à ocupação no norte da Palestina ocupada, com um grande número de mísseis”.

Prontidão total

A resistência sublinhou na conclusão da sua declaração que, “nestes momentos, está na sua maior prontidão e permanecerá forte e atenta a qualquer transgressão ou agressão israelita”, ameaçando punições severas e severas, especialmente se civis libaneses forem atacados por Israel.

Ataques contra 11 bases militares

Segundo o Hezbollah, a Resistência Islâmica lançou mais de 320 foguetes modelo Katyusha contra 11 posições militares israelenses. Entre os locais alvejados estão as bases de “Meron”, “Neve Ziv”, “Zatoun”, “Zaoura”, “Sahel”, “Ein Zeitim” e “Ramot Naftali”, no norte de Israel.

Além desses alvos, a Resistência Islâmica atingiu bases israelenses na região das Colinas de Golã, território sírio ocupado por Israel. As bases atacados foram “Kila”, “Yoav”, “Nafah” e “Yarden”.

Assim, o Hezbollah atacou 11 locais pertencentes à ocupação na primeira fase da resposta ao assassinato de Fouad Shukr e da morte de civis libaneses no ataque israelense contra Beirute.

Fouad Shukr foi assassinado no dia 30 do mês passado, numa agressão israelense contra Haret Hreik, bairro residencial no subúrbio sul de Beirute, que resultou na morte de civis libaneses, incluindo duas crianças e três mulheres.

Israel ataca cidades libanesas

Israel atacou mais de 40 cidades no sul do Líbano numa tentativa de tentar conter a retaliação do Hezbollah.

Segundo o governo israelense, os ataques foram “uma ação preventiva” para tentar impedir o disparo de foguetes e drones por parte dos combatentes libaneses.

Por conta dos ataques, vários voos da capital Tel Aviv foram cancelados.

Apoio a Faixa de Gaza

Esta nova ofensiva de ataques é decorrência do massacre que Israel vem realizando contra a Palestina desde outubro do ano passado. Desde então, quase 80% dos edifícios na Faixa de Gaza foram destruídos por ataques israelenses, ainda segundo estimativas da ONU.

Nesta semana foi apresentando um balanço dos efeitos dos ataques israelenses na Faixa de Gaza.

Segundo as Nações Unidas, as ofensivas já mataram mais de 207 funcionários voluntários da Agência das Nações Unidas para a Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) da ONU.

Além disso, Israel reduziu as zonas humanitárias a apenas 11% do território de Gaza. A informação foi confirmada pela UNRWA.

O número de vítimas fatais em território palestino se aproxima de 40 mil pessoas segundo balanço mais recente divulgado por autoridades locais.

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Com informações das agências de notícias internacionais e Brasil de Fato