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Israel é o responsável direto pelo assassinato de mais da metade dos 280 trabalhadores humanitários que perderam a vida em 2023. A informação é da Organização das Nações Unidas (ONU) e foi divulgada, nesta segunda-feira (19/08).
Segundo a ONU, 163 trabalhadores humanitários foram assassinados nos bombardeios aéreos realizados por Israel apenas nos três meses das agressões israelenses contra a Faixa de Gaza, iniciadas em outubro do ano passado. Esse número corresponde a quase 58% dos 280 trabalhadores humanitários mortos em 2023, o maior número já registrado na história.
Ainda conforme a ONU, houve um aumento de 137% nas mortes em comparação a 2022, quando 118 trabalhadores perderam a vida. Conflitos no Sudão e no Sudão do Sul contribuíram também para esse crescimento. A morte de trabalhadores humanitários foi registrada em ao menos 33 países, com Israel liderando a lista de assassinatos.
“Com 280 trabalhadores humanitários mortos em 33 países no ano passado, 2023 foi o ano mais mortífero de que há registo para a comunidade humanitária internacional”, afirma a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), em comunicado, com base nos números da Aid Worker Security Database.
A ONU aponta que a normalização da violência e a impunidade são dois fatores inaceitáveis para o organismo internacional.
“A normalização da violência contra trabalhadores humanitários e a impunidade dos responsáveis é inaceitável e extremamente perigosa para as operações humanitárias globais”, afirmou Joyce Msuya, chefe interina do Escritório de Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), em um comunicado que marca o Dia Mundial da Ajuda Humanitária.
ONU prevê que 2024 deve superar 2023
Com 176 mortes já registradas entre 1º de janeiro e 9 de agosto de 2024, a ONU alerta que este ano pode superar o recorde de 2023. Deste total, 121 trabalhadores humanitários foram assassinados por Israel nos territórios palestinos ocupados.
A ONU e outras organizações humanitárias fazem um apelo global para que se ponha fim aos ataques contra civis e para a proteção dos trabalhadores humanitários, solicitando que os culpados sejam responsabilizados.
Dia Mundial da Ajuda Humanitária
Em 19 de agosto, a ONU celebra o Dia Mundial da Ajuda Humanitária, data que marca o aniversário do ataque à sede da organização em Bagdad, Iraque, em 2003.
O atentado matou 22 pessoas, incluindo o brasileiro Sérgio Vieira de Mello, o representante especial da ONU no país, e feriu outros 150 trabalhadores humanitários locais e estrangeiros.
Com informações das agências internacionais