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Brasil de Fato – Pelo menos dez palestinos foram mortos depois que Israel lançou um ataque terrestre e aéreo em grande escala na parte norte da Cisjordânia ocupada, de acordo com autoridades de saúde no território.
O Crescente Vermelho calcula que durante a noite foram dois palestinos mortos em Jenin, quatro no bombardeio a um carro em um município próximo e outros quatro em um acampamento de refugiados perto da cidade de Tubas. A organização humanitária ambém afirmou que havia 15 feridos.
A incursão, que começou na madrugada de quarta-feira (27/08), envolveu centenas de soldados terrestres apoiados por aviões de combate, drones e escavadeiras. Durante a noite, o Exército israelense lançou ataques coordenados às cidades de Jenin, Nablus, Tubas e Tulkarem, que descreveu como uma “operação antiterrorista” com bombardeios e ataques a comboios blindados.
O Exército israelense afirmou, nesta quarta-feira (28), que “eliminou nove terroristas armados” nos ataques à Cisjordânia, em uma nova operação simultânea à guerra em Gaza. A ofensiva israelense já deixou mais de 40 mil mortos em Gaza, segundo o Ministério da Saúde do território governado pelo Hamas, além de grande destruição e do deslocamento pelo menos uma vez de quase todos os seus 2,4 milhões de habitantes.
O presidente palestino, Mahmud Abbas, interrompeu uma visita à Arábia Saudita para retornar à Cisjordânia e “acompanhar a evolução da agressão israelense” naquele território, informou a agência oficial palestina Wafa.
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Mais de 650 palestinos morreram na Cisjordânia por ações do Exército israelense ou de colonos desde 7 de outubro, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais palestinos. Pelo menos 20 israelenses morreram naquele território, entre eles soldados atacados por palestinos ou participantes em incursões militares, segundo dados oficiais israelenses.
A Jihad Islâmica, um movimento islamista palestino aliado ao Hamas, denunciou uma “guerra aberta por parte do ocupante israelense”. “Com esta agressão, que visa transferir o peso do conflito para a Cisjordânia ocupada, o ocupante quer impor no terreno um novo Estado para anexar a Cisjordânia”, afirmou.
O Hamas, cuja popularidade disparou na Cisjordânia desde o início do genocído em Gaza, enquanto a do partido Fatah de Abbas despencou, apelou novamente na noite de terça-feira aos três milhões de palestinos na Cisjordânia que “se levantem” contra Israel.
Os países mediadores entre Israel e o Hamas – Catar, Egito e Estados Unidos – tentam alcançar um cessar-fogo, com a libertação de reféns em troca de palestinos presos em Israel. Após uma recente rodada de negociações no Cairo, uma delegação israelense chegou a Doha nesta quarta-feira para conversações de “nível técnico” com mediadores, segundo uma fonte próxima.
*Com AFP e Al Jazeera