Quatro parques tecnológicos do Amazonas recebem quase R$ 25 milhões para novos investimentos

Com 23 anos de existência, o INDT está prestes a completar dois anos em sua nova sede (Foto: Divulgação)

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) vai investir quase R$ 25 milhões em quatro parques tecnológios do Amazonas. No total, nove estados vão receber investimento de R$ 100 milhões.

As propostas contempladas pela chamada pública do MCTI e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) foram: Associação Polo Digital de Manaus; Instituto de Desenvolvimento Tecnológico (INDT); Universidade Federal do Amazonas (Ufam) e Instituto Tecnológico Educacional da Amazônia. Outras duas entidades amazonenses submeteram projetos, mas não foram aceitos.

Os projetos selecionados abrajem estudos de automação avançada, em áreas como biotecnologia, comunicação e redes, e materiais. Suas competências incluem Inteligência Artificial, Indústria 4.0, Realidade Aumentada, Robótica e Automação.

Os R$ 100 milhões em recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) não-reembolsáveis serão aplicados em 17 parques tecnológicos, sendo oito na região Norte: Amazonas (4), Tocantins (2), Amapá (1) e Rondônia (1).  

“Nós assumimos um compromisso de reduzir as assimetrias regionais do nossos país, levando desenvolvimento para todos os brasileiros. E é isso que temos buscado em nossos editais”, destaca a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos.

Atualmente, existem 62 parques tecnológicos em operação no país, 23 sendo implantados e sete ainda em fase de planejamento. A ministra reforça a importância da chamada para estimular a cooperação entre os diferentes setores que atuam em pesquisa, desenvolvimento e inovação.

“Precisamos fortalecer a integração entre academia, setor produtivo e governo. Os parques tecnológicos promovem justamente essa ligação, fomentando a inovação e o desenvolvimento científico”, afirma.

Para o secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCTI, Daniel Almeida Filho, o investimento mostra “o compromisso do MCTI na desconcentração regional, aplicando mais de 30% dos recursos não-reembolsáveis do FNDCT nessas regiões e com editais exclusivos para atender as necessidades de cada uma delas”. Ele acrescenta que o desenvolvimento econômico dessas regiões se reflete na geração de emprego e em impactos sociais.

Com o financiamento à implantação ou operação de parques tecnológicos, MCTI e Finep buscam fomentar o desenvolvimento tecnológico local e regional, o aumento da competitividade e a promoção de ecossistemas de Inovação e da sociedade do conhecimento.

O investimento nesses ecossistemas de inovação se reflete no desenvolvimento econômico regional, na geração de novas patentes, na abertura de novas empresas e em oportunidades de trabalho, tanto para recém-formados quando para profissionais qualificados. Parques tecnológicos têm se consolidado como elementos essenciais para impulsionar a pesquisa, o desenvolvimento e a aplicação de novas tecnologias, o que leva ao aumento da competitividade regional e também nacional.