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Um mês antes da atingir o período mais crítico da estiagem, que costuma ser em setembro, os rios do Amazonas já estão abaixo do volume esperado para o período.
O rio Solimões, por exemplo, está 3 metros abaixo do que deveria segundo o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), órgão ligado ao Ministério da Defesa. Nos últimos cinco dias, o rio Madeira desceu de 10,62m para 9,62m, na região de Abunã.
Na região do município de Humaitá (a 690 quilômetros de Manaus), o rio saiu de 9,91m para 9,80m, queda de 11 centímetros.
Já no rio Negro a metragem nesta quinta-feira (22/08) é de 22,15m. Desde o início da vazante, ele já reduziu 4.70 metros. Os dados são do Porto de Manaus, que divulga diariamente o boletim com a medição. Na última segunda-feira (19/08), o rio Negro tinha 22,76 metros. Uma redução de 61 centímetros em apenas três dias.
Seca severa em 2024
Para 2024, a previsão é que haja uma seca severa que pode ser tão grave quanto, ou até pior do que, a enfrentada no ano passado. Segundo o analista do Censipam, Flávio Altieri, embora o volume de chuvas esteja abaixo da média esperada para esta época do ano em grande parte da Amazônia, ainda é cedo para afirmar que a seca será a mais intensa registrada na região.
O que já vem se confirmando é um quadro de seca extrema, que é o penúltimo nível de severidade na escala de cinco estágios de medição do fenômeno. Nesse nível é esperada escassez de água generalizada, restrições e grande perdas de plantações.
“O Censipam, por meio de suas previsões hidrológicas divulgadas em junho durante o evento Pré-Seca, já havia alertado que 2024 a Amazônia enfrentaria uma seca semelhante à de 2023”, destacou Altieri.