Silvio Santos morre aos 93 anos em São Paulo

Morreu neste sábado (17/08), o empresário e apresentador Silvio Santos, aos 93 anos. Ele estava internado no hospital Albert Einstein, na capital paulista, desde o último dia 1º de agosto. A informação foi confirmada pelo Sistema Brasileiro de Televisão (SBT), empresa de propriedade de Sílvio Santos.

A família do apresentador lamentou a morte em uma publicação nas redes sociais. “Hoje o céu está alegre com a chegada do nosso amado Silvio Santos. Ele viveu 93 anos para levar felicidade e amor a todos os brasileiros. A família é muito grata ao Brasil pelos mais de 65 anos de convivência com muita alegria”.

Nascido no Rio de Janeiro em 1930, Silvio Santos deixa seis filhas e esposa. Ainda não foram divulgadas informações sobre o velório.

História

Silvio Santos, cujo nome de batismo era Senor Abravanel, nasceu em em 12 de dezembro de 1930, no bairro da Lapa, no Rio de Janeiro. Ele era o mais velho de cinco irmãos.

Antes de se tornar apresentador, ele estudou contabilidade e, ainda, trabalhou como camelô nas ruas do Rio de Janeiro, vendendo canetas e capas de plástico para títulos de eleitor nas eleições de 1946. Na mesma época, começou a fazer pequenos trabalhos de locução de rádio.

Em 1954, Silvio assinou o primeiro contrato fixo como locutor, na Rádio Nacional de São Paulo. Depois, foi chamado pelo empresário Manuel de Nóbrega para ser animador de seu programa na Rádio Nacional. Ele assumiu em 1958 a empresa Baú da Felicidade, que era antes de Manuel de Nóbrega. No ano seguinte, passou a fazer shows em circos para vender os carnês da empresa.

Em 1962, ele fundou a TVS, que mais tarde seria o Sistema Brasileiro de Televisão (SBT). Na emissora, o apresentador comandou o Programa Silvio Santos por mais de cinco décadas.

Silvio ganhou outras concessões e, em 1981, entrou no ar o SBT, uma das várias empresas do seu grupo, onde o Programa Silvio Santos viraria a principal atração, com quadros inesquecíveis como “Domingo no parque”, “Qual é a música”, “Show de calouros” e “Porta da esperança”.

Silvio também fez sucesso cantando marchinhas de carnaval, como “Coração Corintiano” e “A pipa do vovô”, registradas em álbuns entre os anos 70 e 90.

Aproveitando-se de sua presença na TV, Silvio Santos expandiu seus negócios para outras áreas, criando o Baú da Felicidade e a marca de cosméticos Jequiti. Chegou a ser um dos homens mais ricos do país.

Em 2010, foi descoberto um rombo bilionário em uma das empresas do Grupo Silvio Santos, o Banco Panamericano – mais tarde, em 2018 sete ex-diretores foram condenados pela fraude. Em 2011, Sílvio Santos vendeu o Panamericano para o BTG Pactual.

Participação na política

Silvio Santos também teve participação na política nacional. Tentou concorrer à Presidente da República em 1989, mas teve sua candidatura barrada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Silvio manteve uma relação próxima com a ditadura militar brasileira. Aos domingos, no fim do seu programa, transmitia boletins sobre as atividades dos presidentes indicados por militares na Semana do Presidente. Em 2020, durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), Silvio Santos decidiu recriar o quadro. A ideia foi suspensa após críticas.

Com informações da Agência Brasil e do Brasil de Fato