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Os novos governantes da Síria, que em sua maioria são membros do grupo fundamentalista Hayat Tahrir Al-Sham (HTS), incluindo o atual presidente sírio, Ahmad Al-Sharaa – conhecido como Al-Jolani -, têm mantido um silêncio covarde e criminoso diante das constantes agressões de Israel contra o solo sírio, que incluem bombardeios contra alvos militares e civis, além de roubo de terras e a anexação de territórios, principalmente no sul do país, em áreas de maioria drusa.
A mais nova agressão israelense ocorreu, na noite da terça-feira (25/02), quando Israel bombardeou o sul da Síria, no mesmo instante em que ocorria a Conferência Nacional de Diálogo da Síria, uma tentativa dos atuais governantes sírios receberem apoio internacional. Entre os alvos das agressões israelenses estavam centros de comando e vários locais contendo armas, conforme informações propagadas por Israel.
Além dos ataques aéreos, Israel avançou sobre várias aldeias drusas no sul do país numa tentativa de manter essa região próxima a Damasco, capital da Síria, sob o seu controle militar. O avanço das tropas israelenses sobre o território sírio começou logo após a queda do ex-presidente Bashar Al-Assad no dia 8 de dezembro do ano passado.
Na ocasião, Israel assumiu o controle do Monte Hermon (Jabal Sheikh, em árabe), uma área de 400 quilômetros quadrados, que até então estava desmilitarizada, mas sob controle sírio. De acordo com a ONU, essa nova ocupação viola os acordos e leis internacionais.
Além do Monte Hermon, Israel completou o controle sobre as áreas não ocupadas da Colinas de Golã, território sírio que havia sido ocupado em parte pelos israelenses em 1967. As duas nações ainda disputam o controle sobre as Colinas de Golã, que Israel quer anexar definitivamente, tendo, para isso, o apoio do atual presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Zona Tampão
Em declaração emitida na terça-feira (25/02), o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que Israel não “permitirá que as forças do Hayat Tahrir al-Sham ou o novo exército sírio entrem na área ao sul de Damasco”. Entre suas exigências , ele quer que “o sul da Síria – nas províncias de Quneitra, Daraa e Sweida -, seja completamente evacuado das forças do novo regime sírio”.
Até o momento, não houve nenhuma resposta oficial do governo interino sírio ou da nova administração sobre as declarações de Netanyahu.
Entidades civis pedem resistência
Por outro lado, ativistas sírios nas redes sociais convocaram manifestações para rejeitar as declarações de Netanyahu e exigir que “Israel” pare seus ataques no sul da Síria e se retire dos territórios que ocupa. De acordo com a agência oficial de notícias do país, sindicatos e outros grupos civis rejeitaram a interferência israelense nos assuntos internos do país árabe.
“Os manifestantes enfatizaram sua rejeição aos projetos divisionistas e separatistas, convocando todas as atividades nacionais para confrontar o projeto israelense proposto”, informou a agência oficial.
VEJA O VÍDEO DA NOVA AGRESSÃO DE ISRAEL: