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A Receita Federal do Brasil autorizou a movimentação de mercadorias no “píer provisório” instalado no município de Itacoatiara (a 170 quilômetros de Manaus), durante o período severo da vazante nos rios da região. A informação foi divulgada pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), que recebeu a confirmação na última sexta-feira (02/08).
De acordo com a Suframa, a autorização vai permitir não só o transbordo, que é a retirada de mercadorias para o “porto flutuante”, mas também a baldeação, um procedimento que possibilitará a troca de cargas até as balsas e, consequentemente, a continuidade das operações de logística. Com essa medida, empresas como o Grupo Chibatão e a Super Terminais vão poder atuar normalmente na área.
“Num trabalho conjunto, temos nos antecipado e planejado ações preventivas e duradouras que combatam o problema da navegabilidade na região, com o objetivo de manter o fluxo normal do processo de transporte dos insumos e distribuição de produtos para as empresas, nessa época do ano. Portanto, como já havíamos previsto no primeiro semestre, o serviço não será interrompido”, comemorou o superintendente da Suframa, Bosco Saraiva.
Instalação do píer
O projeto de instalação do píer teve a colaboração de várias entidades e instituições, entre elas a Suframa, e seu funcionamento já havia tido o aval da Marinha do Brasil e do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), com a obtenção de uma Licença Prévia (LP).
O píer mede 240 metros de comprimento por 24 metros de largura e será equipado com três guindastes Konecranes ESP10, cada um com 64 metros de lança e alimentados por quatro geradores de 500 Kva, incluindo um gerador de backup.
O objetivo da “Operação Itacoatiara”, como passou a ser chamada a ação, é que os navios cargueiros sejam descarregados no píer. De lá, elas seguem viagem até Manaus por meio de balsas, sem prejuízo para a indústria e o comércio locais.
Duas ações
De acordo com o diretor-executivo do Chibatão, Jhony Fidelis, duas ações foram desenhadas para a operação em Itacoatiara. A primeira foi sobre a previsibilidade de dragagem, que não havia para este ano, e a segunda – que passa a ser a principal, porque a dragagem não vai chegar a tempo hábil -, é justamente a utilização do píer.
“Essa é a ação dois. A primeira foi a da dragagem, em que a Suframa – e aqui eu quero agradecer também ao Fred (Luiz Frederico Aguiar, superintendente-adjunto Executivo) como representante da Autarquia nos debates – e a todos os demais órgãos que atuaram em conjunto. A grande mudança neste projeto é da condição para que a carga possa chegar até Manaus, tanto do comércio quanto da indústria, para que não ocorra o que ocorreu no ano passado, quando houve a limitação total e a gente não tinha nenhum plano desenhado para que a gente pudesse mitigar os efeitos da estiagem”, salientou o diretor.
Execução
Além da Suframa, Marinha e Ipaam, também contribuem para a execução do projeto a Câmara dos Dirigentes Lojistas de Manaus (CDL-Manaus), a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), o Centro das Indústrias do Estado do Amazonas (Cieam), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), a Secretaria de Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Sedecti-AM), a Superintendência do Patrimônio da União no Amazonas (SPU-AM), a Eletros, entre outros.
Com informações da assessoria