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Após quatro dias consecutivos de a fumaça das queimadas ter tomado conta de Manaus, afetando a população, a Defensoria Público do Estado (DPE-AM) resolveu se mexer e ingressou, nesta terça-feira (13/08), com uma ação na Justiça para que o governador Wilson Lima (União Brasil) explique, num prazo de dez dias. quais foram as providências adotadas pelo Governo do Amazonas nos últimos 12 meses para que fossem evitados novos focos de incêndios que causam a fumaça na capital amazonense.
Além das explicações, Wilson Lima, ainda, terá que montar, em até 48 horas, uma sala de situação em Manaus para monitoramento e comunicação das medidas para combate aos incêndios e queimadas. De acordo com a DPE-AM, a ação, também, pediu que o Estado informe quais são os municípios com os focos de incêndio que geram a fumaça que encobre os céus de Manaus e de outras cidades do interior.
“É desnecessário descrever a gravidade do que mais uma vez todos testemunhamos, em especial quando o Amazonas já foi palco no ano passado de uma das maiores vergonhas ambientais do mundo. Contudo, apesar da gravidade, o agir do Estado denota grande indiferença, razão pela qual, necessária se faz a presente medida de urgência para que as mínimas e imprescindíveis providências sejam adotadas”, afirma trecho da ação da DPE-AM.
A Defensoria do Amazonas ressalta que, ao não cumprir seu papel constitucional e legal, “o Estado torna-se objetivamente responsável pelos danos causados ao meio ambiente e à saúde pública, devendo reparar integralmente os prejuízos sofridos pela coletividade”.
Em julho, Wilson Lima chegou a anunciar o início da Operação Aceiro, que combate e monitora as queimadas com os órgãos estaduais. Uma equipe técnica especializada do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM) atua, diariamente, na identificação em tempo real dos focos de calor, por meio dos painéis tecnológicos.
A partir da detecção do foco, são enviadas equipes de bombeiros até o local para fazer a verificação e combate às chamas. Neste cenário, boa parte dos focos combatidos, nesse período, foram oriundos dos municípios de Lábrea, Manicoré, Humaitá e Boca do Acre, que ficam no chamado ‘arco do fogo’, região que compreende os municípios no sul do Amazonas.
Desde o sábado, Manaus tem sofrido com a forte “neblina”, alcançando níveis de poluição do ar considerada “muito ruim” em algumas zonas da capital. O período de seca que se inicia, influencia no grande número de focos de incêndio na região.
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) divulgou um alerta, nesta segunda-feira (12/08), aos municípios do Amazonas atingidos pela fumaça das queimadas durante o período de seca.
Segundo a entidade, a cidade de Manaus registra atualmente qualidade insalubre para pessoas sensíveis, com alerta laranja para impactos como desconforto respiratório para crianças e idosos, e pessoas acometidas por doenças pulmonares e cardíacas.